quinta-feira, 29 de março de 2012

Café Suplicy ou Onde não tomar um chá preto ou Onde usar um Ipad

Eu juro que prefiro o bom e velho café do coador. Mas como não moro em Minas e como não estou mais na década de 70, onde acho, ainda existia o hábito de tomar o maravilhoso café do saco anti-higiênico de pano, preciso me convencer que o café expresso é uma maravilha.

O Café Suplicy é tão bom como qualquer outra rede de cafés de São Paulo, do Brasil, de Nova Iorque ou do Japão. Não consigo sentir a diferença entre o café do Frans, do Suplicy ou do Starbucks. Resolvi então provar algo de novo: um chá preto no Suplicy.
Mas você acha que um café paulistano de primeira nos proporcionaria experiência tão banal? Claro que não. No Suplicy só tem coisas pseudo-sofisticadas como um dragon pearl jasmine ou um white peony. Mas o bom e velho chá preto, perdão, black tea, nada.


Não sejamos assim tão negativos. Existe sim algo de melhor no Suplicy, que ainda não encontrei em nenhum outro. Apenas o Suplicy oferece um Ipad pra brincar.

terça-feira, 20 de março de 2012

Eu, Ana Maria Braga e as dicas do repórter bonitão.

Passado o trauma Ana Maria Braga, já me sinto à vontade para comentar o assunto. Se você não sabe o que se passou, farei um rápido flashback desse patético episódio de minha vida no intrepidante mundo midiático.

Fui chamada pelo núcleo SP do programa da Ana Maria para uma homenagem ao aniversário do Rio. A produção serviria feijoadinha em homenagem a cidade maravilhosa em pleno centro antigo da pauliceia e dali mesmo eu seria entrevistada por ela ao vivo. Ela no Rio e eu em SP.

A prometida entrevista se resumiu a pergunta do repórter: "E aí Raquel, como está o caldinho?"
Naquele momento , juro que pensei em encher os lares das amigas dona de casa com um pouco de ousadia e autenticidade e responder: "foda-se o caldinho!". Corta para o estúdio no Rio. Louro José cai na gargalhada. É demitido ao vivo.

Mas voltemos a realidade. Apenas respondi: "Um pouco aguada, mas gostosa".


Meu alento é que antes do patético ocorrido, pude apurar dicas muito interessantes. Nas conversinha em off, pedi que os presentes me falassem dos seus lugares preferidos de São Paulo.

dicas do repórter bonitão de olhos verdes (Fabricio) de melhor cantina: Familia Mancini
e melhor pizzaria: 1900 Pizzaria e Camelo

Melhor feijoada segundo o Felipe da produção: Feijoada da Lana na Vila Madalena

Dica do motorista da produção (que me perdoe, era um doce mas esqueci seu nome...) do melhor pão com linguica: Padaria São Domingos.

Diante de tal dica do Seu motorista e sabendo que a Padaria São Domingos não ficava assim tão longe dali, apelei para minha falta de senso e pedi que me levasse a tal destino. Resultado: comi a melhor empada (e uma das mais caras) da minha vida. A empada de frango é realmente um escândalo assim como a alicella. O pão com linguiça é gostoso, mas não vale a viagem. Eu diria que vocês podem ser felizes com o pão da Pizzaria Bráz.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Enterrando o carnaval 2012.

A Cintia Bessa, uma carioca gente boa que só conheço virtualmente, me escreveu dizendo que eu devia ter ido ao Bangalafumenga aqui em São Paulo. Segundo ela estava vazio. Mas em suas palavras, "quando a bateria do Banga do Rio começou a tocar, meu coração esqueceu o pré-conceito e eu pulei como se estivesse na Dias Ferreira". Sua tentativa de amar São Paulo e ser feliz na cidade me comoveu. Ela ainda vai mais longe. Fecha dizendo "tenho fé que o Carnaval de 2013 será bem mais animado". Essa carioca que concentra sua fé no Carnaval de São Paulo merece todo nosso respeito. Esse é o espírito!

Eu devo confessar que tenho certo bloqueio em associar o Carnaval à São Paulo. Mas ano que vem eu me esforçarei, juro. Mentalizarei a frase da Cíntia e me encherei de fé no carnaval paulistano. Olha a positividada ai gente!!!

E aproveitando a onda vamos-amar-o-carnaval-paulistano da Cintia, darei uma dica quentíssima para 2013. Descobri com minha querida cabelereira Marcinha do Butantã que as fantasias das escolas de samba saem a preço de banana na véspera do desfile. E não é desfile das campeãs não. É o desfile oficial, o primeiro. Achei isso tão incrível. Porque no Rio é o inverso. Vai você tentar comprar uma fantasia da Mocidade na véspera do desfile. Pagará, brincando, uns quinhentos reais.

Quer saber quanto a Marcinha pagou pra ir na Águia de Ouro? Cinquentinha. Juro. Tudo bem que não conseguiu a fantasia leve de noiva, feita em tule, que sonhava. Teve que se contentar em ir cercada de esplendor, chapéu, bota, babados e tudo mais que pode atrapalhar um folião na hora de pular. Mas, segundo ela, na hora nem lembrou dos prováveis cinco quilos da fantasia e ainda deu a sorte de desfilar em uma escola que ao invés de exaltar o "Reino dos Justus" (esse mesmo, o Roberto!), homenageava o Tropicalismo. A danada ainda saiu em frente ao carro do Gil, do Caetano e da Rita Lee.


Então deixemos combinado assim. Em 2013 eu posto onde rolarão as xepas quentíssimas do carnaval paulistano!

Arte acessível



Minhas atuais garimpagens pela cidade estão focadas no maravilhoso mundo das artes. Isso significa que virão por aí muitos posts sobre o assunto.

Eu sei que falar de arte é subjetivo e quem sou eu pra explicá-la. Em 1917, Marcel Duchamps colocou de cabeça pra baixo o que o senso comum pensava sobre o que é e o que não é arte, enviando um urinol de louça, que ele denominou de "Fonte", para um concurso de arte. Não importa que sua peça tenha sido rejeitada, porque ninguém há de esquecer a mensagem. Pra mim, que não detenho embasamento teórico suficiente, entendo a arte plástica como sendo aquilo que representa visualmente poesia em imagem - seja ela uma escultura, uma pintura ou uma foto.

O motivo do meu mergulho nas artes é que estou mudando de casa. E a quem interessar, continuo no Morumbi. Não acho que seja o melhor lugar do mundo, mas posso dizer que é um oásis que me faz bem. Claro que preciso sair com certa frequencia do muro imaginário que separa o Morumbi da verdadeira São Paulo. Mas talvez essa seja a melhor e mais intrigante revelação da cidade. Talvez não exista uma verdadeira São Paulo. Ela não é uma coisa só. Ela é o que a gente quiser. São Paulo é o que a gente escolhe.

E eu escolhi andar de olhos abertos. Talvez por isso eu esteja louca pra decorar minha casa com fotos. Muitas fotos. Diferentes ângulos de São Paulo. Assim, mesmo dentro de casa, continuarei enxergando a cidade.

Já passei pela fase decorativa do novo habitat e agora estou no que chamo momento azeitona da empada. Isto significa que estou a tentar descobrir uma obra de arte que seja um daqueles achados maravilhosos que nos deixam envaidecidos pelo simples fato de sermos capazes de tal descoberta. De preferência até 200 reais.

Não escolhi esses duzentos aleatoriamente. É simplesmente o valor que posso dispor para arte no momento. Então preciso correr pra achar um artista bem no comecinho - fase essa que equivale a situação de desespero do gênio ainda não reconhecido que precisa pagar pelo menos três meses de aluguel atrasado. Mas se um desses caras cai nas mãos certas, dorme sem-teto e acorda "o artista do momento que custa mais de 10 mil reais". A dupla de artistas plásticos e grafiteiros Osgêmeos representam bem essa transição vertiginosa.

Minha busca não poderia começar em outro lugar: pelas galerias chamadas alternativas. Elas formam um consistente órgão emocional da cidade que eu chamo de porque-é-do-cassete-morar-aqui. Você não tem ideia das preciosidades que esses espaços abrigam nas entranhas de suas paredes. Quase tão tocante quanto essas obras, é ver como São Paulo leva a sério essa galera da arte urbana.


Resolvi começar por uma das pioneiras nesse segmento: a Galeria Choque Cultural. Dei uma passeada rápida pelas telas e me deparei com um artista de olhar muito criativo. O cara faz nada menos do que uma montagem de post its em cima da propria foto. E o resultado é muito interessante. O rapaz, que eu não tenho ideia da idade, se chama Felipe Lopez. Muito bacana, mas infelizmente já muito valorizado. Passo então para outra galeria moderninha, a Vértices, também na Vila Madalena.



Na Vertices vejo algo que adoraria ter na minha parede. São as fotos do Daniel Bernardinelli que teve a grande sacada de registrar os neons da pauliceia ("Art" e "Mundo"), no auge da implementação da lei cidade limpa. O interessante é ver como o objeto da poluição torna-se algo belo e poético através das lentes de Daniel. E o melhor: é acessível. Uma dessas fotos da série Neon, no tamanho 30 x 40 cm, sai por duzentos. Missão cumprida. Já posso começar a minha coleção.



Galeria Choque Cultural
www.choquecultural.com.br
Rua João Moura, 995 - Pinheiros
Rua Medeiros de Albuquerque, 250 - Vila Madalena

Galeria Vértices
www.verticecasa.com.br
Rua Fidalga 66, Vila Madalena

quarta-feira, 7 de março de 2012

Dica Mulherzinha

Seja voce consumista ou não, saiba que uma boa bijouteria pode ser mais eficiente e barata para dar uma anestesiada no seu baixo astral do que qualquer sapato ou jóia – que sempre virão com a dor do cartão. E a Acessorize é a melhor tradução de como- enlouquecer-uma-mulher-com-um-milhão-de-opções-de-bijoux-em-menos-de-10-metros-quadrados.

Parto do princípio que no mundo de hoje, todos têm conhecimento dessa griffe de acessorios femininos, que nao tem lá a melhor qualidade do mundo, mas vende peças sempre descoladas e bonitinhas.

Imagine agora se existisse uma Acessorize OFF? Pois ela existe e eu não sabia.

Saiba então que seu novo playground fica no Itaim, especificamente na Rua João Cachoeira, no melhor trecho (aquele das pontas de estoque). Fica bem pertinho da Mob Off, Bosbstore Off e Trussardi Off. Todas as bijous com 50% de desconto e bolsas de noite com 70%. Só não pense na loja na hora de dar presente, pois nenhum item pode ser trocado.