quarta-feira, 11 de abril de 2012

No coração da classe C ou como fugir do cartel das lancheiras

Na última semana fiz uma peregrinação para achar uma lancheira decente. Minha meta é aposentar de vez a lancheira improvisada do meu pequeno Marco - que nada mais é do que uma maletinha verde de plástico que deve ter sido feita para qualquer coisa menos lanche.

Andei por uma meia duzia de lojas nos grandes shoppings e pude averiguar que existe um verdadeiro cartel das lancheiras. Não, não é exagero. Pelo menos três vendedoras ousaram me dizer que eu deveria comprar na loja delas, pois de acordo com elas minha pesquisa só serviria para confirmar que os preços não variam. Qualquer mochila de personagem minimamente conhecido seria no mínimo 59 reais. Não segui a sugestão delas, o que apenas serviu para eu constatar in loco que estavam certas.

Na minha mente não existe sentido em se pagar mais de 30 reais por uma lancheira. Então lá fui eu ao fascinante mundo da classe média na zona sul, ops, zona oeste!, de São Paulo: a Teodoro Sampaio.

Há muito tempo não andava pelo trecho inicial (ou seria final?), que é onde ficam as lojas do segmento mega povão. Logo de cara, na maravilhosa mega loja "Couros", achei uma pequena lancheira do Dino Dan por 24,90 reais. Meta alcançada, resolvi me perder naquela maravilha de rua. Descobri outras preciosidades como a Rota 99, uma rede enorme, que vende coisas utilíssimas a preço de banana como por exemplo 3 cabides por 2,99, isopor para cerveja por 9,99 (coisa mais cafona isopor , não? Adoro!!) e toalha de plastico maravilhosamente cafona tipo renda branca em pvc por 21,99. Além disso, as tradicionais bandejas deliciosamente bregas de plastico de flores ou frutas com borda dourada. Mas o auge da tentação consumista é o descanso para panelas de palha (uma graça!): 1,00 cada.


Não se preocupe com estacionamento: a Teodoro conta com muitas opções.